Bem-Estar

O que é a obesidade oculta e como identificá-la

Publicado 5 de Fevereiro, 2022

A obesidade oculta é bastante comum e também interfere na sua saúde. Também chamada de “falsa magreza”, é uma situação que pode impactar a sua qualidade de vida.

Você já ouviu falar em obesidade oculta? O termo parece estranho. No entanto, está bem relacionado a uma expressão comum: falso magro. Agora é possível que você tenha começado a ter alguma identificação.

Mais do que uma questão estética, é importante entender, de fato, o que é obesidade oculta. Isso porque, esteticamente, a pessoa está dentro da normalidade. Porém, tem um alto percentual de gordura.

Isso é prejudicial? Na realidade, sim. Afinal, os problemas de saúde podem aparecer a qualquer momento, assim como acontece com quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) fora do ideal.

Esse é o motivo pelo qual é necessário falar sobre esse assunto e conscientizar da importância de uma vida saudável. Por isso, vamos explicar melhor o que isso implica e por que vale a pena combater a obesidade fome oculta, já que esses fatores acabam se interligando. Entenda mais.

O que é obesidade oculta?

A obesidade oculta é caracterizada por uma pessoa com peso e IMC dentro do padrão, mas com nível de gordura corporal que ultrapassa 30%. Isso faz com que a massa muscular — também chamada de massa magra — seja muito baixa. Por isso, podem surgir problemas de saúde.

Entre as principais doenças que aparecem estão hipertensão, diabetes tipo 2, glicemia alterada e esteatose hepática (gordura no fígado). Por isso, a pessoa com essa condição é magra por fora e gorda por dentro. Ou seja, do inglês Thin Outside Fat Inside (TOFI).

Normalmente, a obesidade, quando está oculta, fica localizada na região abdominal. Por isso, circunda e invade as vísceras, o que torna bastante preocupante. Afinal, esse é um fator de risco para doenças cardíacas, entre outras.

A estimativa é que 20% dos adultos com IMC normal sofrem desse tipo de obesidade. No entanto, essa condição só pode ser realmente identificada por meio de exames e análises da composição corporal.

É possível ser magro e obeso?

Como o conceito de obesidade oculta mostra, sim. Esse é o caso da pessoa que aparenta ser magra, mas tem uma composição corporal equivalente ao de uma pessoa com sobrepeso. Portanto, nem sempre é positivo usar uma calça 36 ou 38. O que vale, mesmo, é a saúde.

Aqui, também entra aquela ideia do “você é o que come”. Se sua alimentação é saudável, seu organismo também tende a ser. Por outro lado, caso consuma muitos doces e alimentos gordurosos ou processados, poderá ter um IMC normal, mas estar com sobrepeso.

Nessa condição, surge a relação entre fome oculta e obesidade. O primeiro termo se refere à carência de um ou mais micronutrientes, ou seja, minerais e vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Para você ter uma ideia, 25% das pessoas no mundo apresentam esse problema.

Quando estão em falta, esses micronutrientes impactam a produção de hormônios e enzimas. O corpo também tem problemas com a proteção contra os radicais livres. Apesar de parecer estar condicionada a quem tem poucas condições financeiras, essa situação aparece por vários motivos. Por exemplo, a adesão a dietas da moda, que são restritivas.

Quantos quilos é considerado magro?

Não existe uma resposta única, já que o peso certo depende de vários fatores. O IMC avalia a relação entre altura e peso. De acordo com essa regra, a pessoa é considerada magra se tiver um índice menor do que 18 kg/m². Se ficar entre 18,5 e 24,9, tem um peso normal. Qualquer índice acima disso indica acúmulo de gordura.

No entanto, o IMC não consegue avaliar a obesidade oculta. Por isso, é importante adotar outros dois fatores de análise:

  • acompanhamento médico: o profissional de saúde será o único a avaliar suas condições de saúde. O ideal é fazer um check-up anual, pelo menos, para identificar possíveis problemas, como hipertensão e glicemia e colesterol ruim elevados;
  • bioimpedância: esse exame analisa a quantidade de músculo, gordura e osso em cada indivíduo. O processo é rápido e feito em consultórios médicos e academias. Assim, é possível fazer uma estimativa relacionada a esses fatores, além do índice de água, calorias queimadas no dia e mais.
Qual é o peso de uma pessoa gorda?

Assim como é impossível determinar um peso ideal para ser considerado magro, também é inviável determinar quantos quilos uma pessoa gorda tem. Novamente, depende dos fatores já citados.

Ainda assim, casos extremos sempre são considerados pouco saudáveis. Por exemplo, uma pessoa com 250 kg sempre será considerada gorda, mesmo que tenha mais de 2 metros de altura. Isso porque ela ainda teria um IMC acima de 60. Algo surpreendente!

Da mesma forma, um adulto com 30 kg também tende a ter um transtorno alimentar. Por isso, é importante fazer um acompanhamento médico constante para chegar ao peso ideal.

Qual é a diferença entre gordo e obeso?

Muita gente acredita que os termos são sinônimos. Porém, existem diferenças entre eles. Para a medicina, os obesos são pessoas com IMC acima de 30. Já a palavra “gordo” é usada para se referir a quem tem sobrepeso, ou seja, IMC entre 25 e 30.

Como identificar a obesidade oculta?

É difícil diagnosticar a obesidade oculta apenas pela observação. O melhor é verificar o problema por meio de exames e avaliação clínica. Ainda assim, existem alguns sinais de que você pode ter essa condição. Os principais são:

  • gordura concentrada no abdômen. Ou seja, a pessoa tem braços finos, mas uma circunferência abdominal grande;
  • circunferência ampla no pescoço;
  • resultado igual ou acima de 0,5 ao fazer a altura em centímetros dividida pela circunferência abdominal;
  • avaliação do percentual de gordura e massa magra por bioimpedância, assim como por dobras cutâneas;
  • exames de glicemia, colesterol, aspectos hepáticos, triglicerídeos e pressão arterial;
  • falta de exercícios físicos;
  • adoção de dietas restritivas;
  • consumo frequente de álcool e doces.
Obesidade oculta em crianças

As crianças também podem se enquadrar nessa condição. Ou seja, o IMC está normal, mas há aumento do nível de gordura corporal e do seu acúmulo ao redor dos órgãos. Nesse caso, um dos indicativos é a circunferência abdominal. Porém, esse critério só é utilizado para quem tem mais de 5 anos.

Além disso, é importante que o pediatra faça uma análise aprofundada em crianças com doença metabólica e histórico familiar de obesidade. Nesses casos, vale a pena fazer uma avaliação multidisciplinar, com a ajuda de nutrólogo, nutricionista e endocrinologista, todos especializados na parte infantil.

É mais saudável ser gordo ou magro?

Apesar do peso ser um fator relevante, tudo depende das condições individuais. Um obeso pode ser saudável, enquanto um magro pode ter várias doenças. Por isso, o importante é focar na qualidade de vida.

Nesse processo, é fundamental adotar a prática de exercícios físicos e fazer uma reeducação alimentar. Além disso, é importante ter em mente que o excesso de gordura — seja visível, seja oculta — sempre é prejudicial, já que pode gerar vários problemas, como os já citados.

Quais são os tratamentos para a obesidade oculta?

Normalmente, é preciso fazer uma intervenção multidisciplinar, qualquer que seja a idade da pessoa com obesidade oculta. O mais comum é trabalhar com médico, educador físico e nutricionista.

Cada pessoa deverá ter uma estratégia personalizada. De toda forma, é essencial fazer mais atividades físicas e ter uma alimentação saudável. Mais além, o médico poderá fazer outras recomendações.

Como evitar a obesidade oculta?

O melhor é consumir alimentos saudáveis, bem ao estilo “descasque mais, desembale menos”. Vale a pena fazer uma rotina de preparação dos alimentos e até criar uma programação semanal para evitar a tentação dos fast foods na correria do dia a dia.

Lembre-se de focar em uma reeducação alimentar. Ela é equilibrada e não impõe restrições. Assim, você terá vários micro e macronutrientes, que ajudarão a manter uma boa composição corporal e um percentual de gordura mais baixo. Esse cuidado evitará o aparecimento de obesidade e fome oculta.

Além disso, saia do sedentarismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso fazer entre 150 e 300 minutos de atividades físicas de intensidade moderada por semana para começar a ser saudável. Portanto, adapte a sua rotina e comece, mesmo que não consiga fazer todo esse tempo no início. Aos poucos, você poderá se adaptar.

Afinal, como a própria OMS informa, “qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma, e quanto mais, melhor”. Isso ajuda a evitar a obesidade oculta e aparente, mantendo sua saúde no máximo. Quando você adota uma alimentação equilibrada em conjunto, os resultados são os melhores possíveis.

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