Bem-Estar

Sintomas da obesidade: veja quais são e o que fazer

Publicado 26 de Janeiro, 2022

A falta de disposição e energia são os primeiros sintomas da obesidade e de que o excesso de peso está prejudicando a sua vida.

Está acima do peso e tem faltado fôlego para subir alguns lances de escada? Pois então cuidado, pois essa falta de condicionamento físico é um alerta para os sintomas da obesidade.

A obesidade é decorrente do acúmulo excessivo de gordura corporal, um mal que aumentou durante a pandemia.

As estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que mais de um quinto da população adulta está obesa no Brasil. Entre as crianças e adolescentes de até 5 anos, o índice é de 10,8%, e entre os menores, 7,3%.

Os índices da obesidade no Brasil estão bem acima da média global para estes grupos, que são de 13%, 6,8% e 5,7% respectivamente.

O excesso de gordura não se apresenta apenas na mudança na aparência do indivíduo. Há uma série de outros sinais e sintomas da obesidade que impactam a saúde e a mente. Vamos entender mais sobre essa complexa doença e quais os sintomas da obesidade.

Quais são as causas da obesidade?

Apontar apenas uma causa para que uma pessoa se torne obesa é uma tarefa impossível. Estamos falando de uma doença multifatorial, na qual há questões ambientais, genéticas, metabólicas e psicológicas em jogo. Além disso, as causas variam conforme o tipo de obesidade.

Quais são os fatores que contribuem para a obesidade?

A principal causa da obesidade está relacionada à alimentação. Se a alimentação for feita de forma inadequada - ou seja, sem nutrientes e vitaminas que o corpo necessita - ou excessiva, a pessoa pode ficar obesa.

O sedentarismo é outro inimigo. Ao consumir uma grande quantidade de calorias ao longo do dia e realizar pouco ou nenhuma atividade física que permita gastar energia, esse excesso de acumulará em forma de gordura corporal.

Existem, ainda, fatores genéticos, em que uma pessoa pode herdar essa predisposição, e metabólicos. Neste caso, um metabolismo naturalmente mais lento ou uma oscilação hormonal vai dificultar a perda de peso e favorecer o acúmulo de gordura.

Também existe uma influência de fatores psicológicos. O hábito de descontar o estresse, a ansiedade e as frustrações nas refeições pode desencadear sérias crises de compulsão alimentar que tornam o indivíduo obeso.

Quais são os sintomas da obesidade?

Entre os principais sintomas físicos da obesidade, além de psicológicos e metabólicos, temos:

  1. Falta de ar: o pulmão sofre com a pressão do peso do abdômen.
  2. Dores corporais: joelhos, pernas e costas são as regiões que mais sofrem para suportar o excesso de peso.
  3. Falta de condicionamento físico: o indivíduo encontra dificuldade para concluir exercícios simples, como subir escadas ou carregar as sacolas do mercado.
  4. Roncos e apneia do sono: a respiração é obstruída pela gordura localizada no pescoço.
  5. Manchas pelo corpo: a resistência à insulina causa manchas escuras nas axilas, pescoço e virilha.
  6. Alergias: a dermatite é causada pelo atrito da pele ou pelo calor em determinadas regiões.
  7. Infecções de pele: infecções causadas por fungos podem aparecer nas regiões mais úmidas da pele, principalmente quando há “dobrinhas”.
  8. Distúrbio no ciclo menstrual: alterações hormonais tendem a desregular o ciclo.
  9. Impotência sexual: a deficiência no fluxo sanguíneo dificulta as ereções masculinas.
  10. Varizes: alterações na circulação sanguínea provocam esse tipo de dilatação nas veias das pernas.
  11. Ansiedade e depressão: a compulsão alimentar e a baixa autoestima refletem negativamente na saúde mental do indivíduo.

Além dos sinais e sintomas da obesidade mórbida, há aqueles que só são identificados quando a pessoa realiza alguns exames solicitados por um médico. Entre eles, podemos mencionar:

  1. Hipertensão: a pressão arterial fica alta devido a inflamações que reduzem o diâmetro dos vasos sanguíneos.
  2. Níveis anormais gorduras: colesterol e triglicérides aumentam devido ao excesso de gordura.
  3. Diabetes tipo 2: ocorre porque o tecido adiposo aumenta a demanda por insulina, criando resistência ao hormônio.
  4. Infertilidade: as alterações nos hormônios podem acarretar em uma redução da fertilidade.

No caso das crianças, há, ainda, sintomas da obesidade infantil característicos desse grupo, como:

  1. Baixa estatura e má formação da estrutura óssea: relacionada à deficiência do hormônio do crescimento.
  2. Falta de interesse em brincadeiras e esportes: a criança prefere ficar na TV, videogame ou celular.
  3. Bullying: as crianças obesas podem ser alvo de chacota, principalmente na escola.

Precisamos conhecer também quais são os sintomas da obesidade na adolescência, pois, além dos sinais observados em adultos e crianças, esse público pode apresentar:

  1. Alterações no sono: dormir tarde e acordar cedo e insônia favorece a concentração de gordura.
  2. Ansiedade: preocupações típicas dos adolescentes, como as notas escolares, pode levar o jovem a comer mais, mesmo sem fome.
Como é feito o diagnóstico da obesidade?

Para a OMS, o quadro configura obesidade quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é superior a 30 kg/m².

Para identificar o IMC, é preciso fazer a divisão do peso pela altura do indivíduo ao quadrado. A tabela de referência utilizada para saber onde você se enquadra é a seguinte:

Tabela com dados de IMC. Nela, temos as seguintes referências: imc menor que 18,4 está abaixo do peso; imc entre 18,5 a 24,9 está com peso normal; imc entre 25 a 29,9 está com sobrepeso; imc entre 30 a 34,9 está com Obesidade grau I; imc entre 35 a 40 está com Obesidade grau II; imc maior que 40 está com obesidade grau III (obesidade mórbida); Obesidade grau III (obesidade mórbida)Embora o cálculo seja simples de ser feito - você mesmo pode calcular em casa ou usar uma calculadora de IMC online -, o ideal é que a pessoa que apresente um dos principais sintomas de obesidade busque um médico.

Quem atesta obesidade?

Qualquer especialidade médica está apta para atestar um caso de obesidade, mas o endocrinologista é o mais indicado para essa missão.

No entanto, por ser uma doença multifatorial, o paciente obeso será acompanhado por outros especialistas, como clínico geral, cardiologista, ginecologista/urologista, nutricionista, psiquiatra, psicólogo, entre outros.

Qual o diagnóstico da obesidade?

A ida ao médico é muito importante porque, além do IMC, há outros fatores que devem ser analisados para o diagnóstico de obesidade. São exemplos: histórico familiar, evolução do peso e hábitos alimentares do paciente.

Também é preciso realizar exames clínicos e de sangue. Exames como bioimpedância, medição da circunferência abdominal, colesterol, glicemia, ureia, entre outros, ajudarão o especialista a compreender a gravidade da situação e como deve se dar o tratamento.

O paciente receberá um tratamento individualizado de acordo com as suas condições de saúde e com os sintomas da obesidade apresentados.

Independente do caso, participar de um bom programa de reeducação alimentar, como o VigilantesdoPeso®, ajudará o paciente a atingir os melhores resultados para a saúde do corpo e da mente e para qualidade de vida, sempre respeitando a sua realidade.

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