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6 maneiras realistas de limitar seu tempo em frente às telas

Publicado 16 de Abril, 2020

A tecnologia pode dominar nossas vidas. Para um uso digital mais consciente, siga estas dicas.

 

Embora dispositivos e aplicativos eletrônicos sejam ótimas ferramentas para monitorar a alimentação e o bem-estar, o uso excessivo da tela pode causar uma série de outros problemas, desde ansiedade e depressão a acidentes de trânsito e até dependência on-line.

"A maioria das pessoas não tem idéia de quanto tempo gasta online", diz David Greenfield, professor clínico assistente de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Connecticut e fundador do Centro de Dependência da Internet e Tecnologia. 

Então, que tal desenvolver o uso consciente da tecnologia? Veja o passo a passo a seguir:

 
1. Desative todas as notificações.

Pesquisas descobriram que o uso de mídias sociais libera dopamina em nossos cérebros e pode elevar o cortisol, levando a um padrão de uso compulsivo, semelhante a outros vícios. “Reduzir o número de notificações diminui a probabilidade de você antecipar uma recompensa. É isso que eleva esses níveis de dopamina”, explica o Dr. Greenfield.

 

2. Foco na nutrição digital.

Navegue por sites e aplicativos que agregam valor à sua vida, diz Kimberly Young, psicóloga e fundadora do Centro de Dependência da Internet em St. Bonaventure, Nova Iorque. “Quando falamos sobre vício em telas, não se trata do tempo, mas da qualidade do que estamos fazendo. Eu chamo isso de nutrição digital. É muito parecido com comida - e fazer escolhas mais saudáveis". 

 

3. Evite combinar o tempo da tela com alimentos ou refeições.

A pesquisa mostrou uma correlação entre o aumento no uso da tecnologia digital nos últimos 20 anos e um aumento no peso médio das pessoas com menos de 30 anos. “Uma das coisas que sabemos é que quanto mais tempo de tela você usa, mais você irá ganhar peso. Isso não significa que a tela esteja causando seu ganho de peso. O que está causando é o aumento do comportamento sedentário e o aumento da ingestão inconsciente, porque você está distraído”, esclarece Greenfield.

Para evitar essa combinação prejudicial, nunca coloque dispositivos eletrônicos sobre a mesa quando comer. Priorize a interação social normal e o autocuidado, sem a tecnologia. Quando você sair para jantar, tente deixar seu smartphone em casa, por exemplo. Se estiver em casa, é um bom momento para deixá-lo carregando, em outro cômodo.

 

4. Faça um jejum digital.

Para colocar sua vida real e seus relacionamentos em foco, a Dr. Young sugere fazer uma desintoxicação digital de 48 horas. "Você precisa se desconectar para se reconectar”, diz. 

 

5. Nunca misture telas com o sono.

A luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos interrompe o sono, suprimindo os níveis de melatonina, um hormônio que desencadeia o ciclo do sono do corpo. E o sono de baixa qualidade pode levar a uma variedade de problemas de saúde, como depressão, diabetes e doenças cardíacas. 

Pesquisas descobriram que desligar os aparelhos pelo menos duas horas antes de dormir permite que o corpo produza níveis normais de melatonina para alcançar uma noite de sono repousante. “Não durma com o smartphone ao lado da cama ou embaixo do travesseiro. Deixe-o carregando em outro quarto”, sugere Greenfield.

 

6. Monitore seu tempo digital.

Assim como você monitora sua alimentação e exercícios físicos para o controle do peso, restrinja o número de horas que passa online para reduzir uma possível dependência. Para eliminar a compulsão de verificar seus dispositivos, defina horários específicos durante o dia para checar seu e-mail e mídias sociais. "O que acontece é que as pessoas perdem a noção do tempo quando estão em seus dispositivos e os verificam compulsivamente, porque a dinâmica é mutável", conta Young.

Use algo como um aplicativo de cronômetro ou anote quando você começar e parar. Não é muito diferente de escrever o que você come. "O que estamos tentando fazer é criar uma ‘dieta digital’, para que você não gaste muito tempo no celular assim como não deseja consumir calorias excessivas", finaliza Greenfield.