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Publicado 15 de Agosto, 2016

Remédios para emagrecer
Medicamentos que promovem a perda de peso não garantem o sucesso, mas são prescritos em determinados casos

Há certas diretrizes profissionais que os médicos devem seguir ao prescrever remédios para emagrecer, e o que se recomenda atualmente é que um programa de emagrecimento baseado na reformulação do estilo de vida seja sempre a primeira opção como tratamento para a obesidade. Caso sejam usados, os remédios devem ser um complemento no tratamento, sendo seu uso restrito a determinados casos de obesidade (ou a indivíduos com complicações de saúde geradas pelo sobrepeso, mesmo que não sejam obesos).1

Como funcionam


O mercado oferece atualmente remédios de dois tipos. O primeiro tipo atua sobre os neurotransmissores (substâncias químicas que agem promovendo a comunicação entre as células nervosas) para reduzir o apetite. Exemplos dessas drogas são a sibutramina, a fendimetrazina e a fentermina. O segundo tipo atua no intestino, bloqueando a absorção de gordura. O orlistat é o único medicamento desse tipo disponível atualmente.

Há também certas drogas para o tratamento da depressão, da epilepsia ou da diabetes que provocam, entre outros efeitos colaterais de curto prazo, a perda de peso.

As calorias continuam existindo


Tomar um remédio desse tipo não garante que você vai mesmo emagrecer. As calorias continuam valendo, e esses remédios devem ser associados a esforços no sentido de mudar a alimentação e ser mais ativo. As substâncias servem como apoio para esse esforço, pois ajudam a reduzir a ingestão de calorias (seja suprimindo o apetite ou impedindo parte da absorção de gordura). A perda costuma ser de 5% a 10% do peso corporal inicial.3 No entanto, tal qual acontece com muitos medicamentos, há pessoas que simplesmente não respondem a essas substâncias.

Riscos e efeitos colaterais


Os remédios para emagrece podem, como todo remédio, provocar efeitos colaterais. Os inibidores de apetite costumam causar irritabilidade e falta de sono,2 enquanto o orlistat é associado a distúrbios gastrointestinais (diarreia, por exemplo).2,4

É importante haver acompanhamento médico durante qualquer tipo de tratamento da obesidade, e ainda mais importante quando há medicação envolvida.

 
FOOTNOTES
1Identification, Evaluation, and Treatment of Overweight and Obesity in Adults NIH/NHLBI 
2Weight-control Information Network. Prescription Medications for the Treatment of Obesity. 
3Halford JC. Clinical pharmacotherapy for obesity: current drugs and those in advanced development. Curr Drug Targets. 2004 Oct;5(7):637-46 
4Padwal R, Li SK, Lau DC. Long-term pharmacotherapy-term pharmacotherapy for obesity and overweight. Cochrane Database Syst Rev. 2004;(3):CD004094.