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Publicado 15 de Agosto, 2016

Distúrbios alimentares
Tanto a obesidade quanto os distúrbios alimentares estão relacionados aos hábitos e ao comportamento.

Mas não devemos confundi-los: distúrbios alimentares são graves problemas de saúde cujo diagnóstico se baseia em critérios específicos.

Embora estejam ambos relacionados aos hábitos alimentares, a obesidade e os distúrbios alimentares são muito distintos um do outro. A obesidade é considerada uma disfunção metabólica caracterizada pelo excesso de gordura no corpo que prejudica a saúde da pessoa. Resulta da ingestão excessiva de calorias e da prática insuficiente de atividades físicas, de tal forma que o corpo não gasta essas calorias excedentes. Já os distúrbios alimentares são transtornos mentais caracterizados por distorções na imagem que a pessoa tem do próprio corpo, pela extrema necessidade de controle e por outros problemas psicológicos.


Tanto a obesidade quanto os distúrbios alimentares são problemas de saúde e são diagnosticados com base em critérios médicos específicos.


Características 
A obesidade é determinada por um índice de massa corporal (IMC) a partir de 30. O diagnóstico dos distúrbios alimentares, porém, é mais complexo, pois há dois tipos distintos deles. Identifica-se a anorexia nervosa quando a pessoa tem um peso corporal significativamente baixo para os padrões de sua idade, sexo, desenvolvimento e saúde física, sem contar a imagem distorcida que ela faz do peso e da forma do próprio corpo e a incapacidade de reconhecer a seriedade de sua extrema magreza.1


Já a bulimia nervosa difere da anorexia nervosa por dispensar critérios de peso. O diagnóstico se baseia nos frequentes (ao menos uma vez por semana ao longo de ao menos três meses) episódios de consumo compulsivo de comida, seguidos por períodos de jejum ou pela eliminação antinatural do alimento ingerido. Essa eliminação pode se dar por vômito autoinduzido, pelo uso abusivo de laxantes ou diuréticos ou enemas ou por exercícios físicos excessivos.1

A compulsão alimentar, por sua vez, é definida como a tendência a comer, em um pequeno período de tempo (duas horas, por exemplo), uma quantidade de comida muito maior à que a maioria das pessoas comeria em um período equivalente e sob circunstâncias semelhantes; soma-se a isso a sensação de falta de controle sobre si próprio durante o episódio (a pessoa sente que não vai conseguir parar de comer ou controlar o que ou como está comendo). Outro distúrbio alimentar, a síndrome da fome noturna, não tem padrões claros de diagnóstico e por isso não é considerado como incluso no DSM-5.2


Incidência dos distúrbios alimentares
Apenas um bom profissional da saúde pode diagnosticar um distúrbio alimentar. Infelizmente, porém, um grande número de pessoas teme estar sofrendo de algum desses transtornos mesmo sem base para pensar assim (episódios ocasionais de exagero na comida, por exemplo, não constituem necessariamente compulsão). A ocorrência estimada de distúrbios alimentares é na verdade pequena. Aproximadamente 0,6 por cento da população americana tem anorexia nervosa e 1 por cento tem bulimia nervosa.2 Os números são semelhantes no Reino Unido e na Austrália.


Embora seja possível reduzir o excesso de gordura com a ajuda de um programa de emagrecimento, deixando para trás a obesidade, o tratamento de distúrbios alimentares diagnosticados por algum médico exige cuidados mais intensivos, conduzidos por profissionais especializados.
A proposta do Vigilantes do Peso

O Vigilantes do Peso não é uma organização médica e não pode atender aqueles que sofrem de distúrbios alimentares. Portanto, as pessoas que tiverem sido diagnosticadas recentemente como portadoras de algum distúrbio alimentar não poderão se tornar Associados do programa.

Fontes 
1 American Psychiatric Association. DSM-5 Development. 
2Hudson JI, Hiripi E, Pope HG, Kessler RC. The prevalence and correlates of eating disorders in the National Comorbidity Survey Replication. Biol Psychiatry. 2007 Feb; 61(3): 348-58.