Alimentação

Impactos do isolamento social: como a obesidade aumentou na pandemia

Publicado 9 de Março, 2022

Houve um aumento da obesidade na pandemia. A falta de atividades físicas, a ansiedade e a piora na alimentação foram fatores relevantes. Essa situação foi verificada em todo o mundo e foi ainda mais grave no Brasil.

É fácil ouvir pessoas dizerem que engordaram durante o período de isolamento social. Isso também aconteceu com você? Pois saiba que faz parte dos 52% de brasileiros que engordaram de março de 2020 até setembro de 2021. Os dados do Instituto Ipsos reforçam que houve um fortalecimento da obesidade na pandemia.

É fácil entender os motivos para o aumento do índice de gordura corporal. O isolamento social levou ao aumento do consumo de alimentos processados, redução da atividade física e maior ingestão de álcool. Ou seja, o sedentarismo bateu à porta. Afinal, a regra era ficar em casa.

O problema é que existem vários fatores preocupantes nesse cenário. A relação entre obesidade e COVID-19 é um deles. Afinal, o acúmulo de gordura potencializa o agravamento da doença e tem uma chance maior de óbitos.

Nesse cenário, como reverter essa situação? Neste post, vamos trazer mais dados que mostrem a interligação entre obesidade e sedentarismo na pandemia, além de mostrar os problemas causados e o que fazer para mudar o contexto.

Obesidade na pandemia: dados

Vamos começar com os dados do Instituto Ipsos. A pesquisa mostrou que a média de aumento de peso por brasileiro foi de 6,5 kg, número mais alto que a média mundial, que ficou em 6,1%.

Essa condição fez com que o Brasil ficasse em primeiro lugar entre as nações que mais engordaram durante a pandemia. Logo em seguida, vêm o Chile, com 51% das pessoas com aumento de peso, e a Turquia, com 42%.

A piora nos dados também foi verificada entre os pacientes com diabetes tipo 2. Um estudo da Universidade Fulda de Ciências Aplicadas, na Alemanha, mostrou que pessoas com essa condição foram mais afetadas pelo estresse. Por isso, tiveram um descontrole na alimentação, o que agravou a saúde.

Fatores que levaram ao aumento da obesidade na pandemia

O estudo do Instituto Ipsos mostrou alguns dos motivos que levaram a essa condição. Entre eles estão:

  • redução na prática de exercícios físicos: 29%;
  • aumento do consumo de álcool: 14%.

Assim, a obesidade na pandemia no Brasil foi causada por mudanças de comportamento. Muitas vezes, derivados do estresse e da ansiedade causados pela crise sanitária. Tanto é que uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul relatou que 80% dos brasileiros ficaram mais ansiosos durante a pandemia.

Com o aumento de peso, também começa a ocorrer um processo inflamatório no organismo. Isso sobrecarrega o corpo, o que faz com que a resposta imunológica contra potenciais invasores seja mais lenta. Assim, a relação entre obesidade e COVID-19 prejudica a saúde do indivíduo, com potencial para deixar sequelas no médio ou longo prazo.

Problemas causados pelo índice de obesidade na pandemia

O excesso de gordura corporal na pandemia foi causado pela alimentação desequilibrada, fatores psicológicos e emocionais, e falta de exercícios físicos. No entanto, os problemas gerados são de longo prazo. Entre os principais que podem afetar os indivíduos com sobrepeso estão:

  • aumento da gordura abdominal;
  • elevação do risco de infarto;
  • crescimento da chance de AVC, popularmente conhecido como derrame;
  • surgimento do diabetes tipo 2;
  • aparecimento de distúrbios digestivos, como refluxo;
  • hipertensão;
  • dislipidemia, ou seja, níveis elevados de lipídios;
  • apneia do sono;
  • desregulação hormonal;
  • impotência sexual;
  • desregulação na microbiota intestinal e no controle de saciedade e fome;
  • queda de imunidade;
  • infertilidade;
  • câncer;
  • colesterol ruim (LDL) elevado.
Dicas para recuperar a forma física e a saúde

Quem enfrentou o problema da obesidade na pandemia, precisa encontrar alternativas para recuperar a forma física e, principalmente, a saúde. Aqui, as dicas são:

  • faça uma reeducação alimentar. É preciso consumir comida saudável, que não seja embalada, mas descascada. Foque em legumes, frutas, verduras, água e fibras. Lembre-se de que o déficit calórico (consumir menos calorias do que o organismo gasta durante o dia) é fundamental para a perda de peso;
  • pratique atividades físicas. Pode ser caminhada, natação, musculação ou o que você preferir. O importante é se mexer! O recomendado é fazer de 150 a 300 minutos de exercícios por semana para sair do sedentarismo. Então, movimente-se;
  • procure um médico para fazer o acompanhamento do emagrecimento, isso vai ajudar a emagrecer com saúde.

Você pode usar uma calculadora de IMC para saber qual é o seu resultado. Além disso, vale a pena saber que o World Gastroenterology Organisation (WGO) considera a obesidade uma pandemia contínua.

Isso porque ela traz impactos significativos para a saúde da população. Ainda aumenta a chance de surgirem comorbidades e afeta a qualidade e a expectativa de vida. No entanto, ela é evitável. Por isso, é importante cuidar da obesidade na pandemia e também em outros momentos. Afinal, é uma forma de você se manter bem, feliz e com seu organismo protegido.

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