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Diga sim para o que você adora comer! Aqui, você pode.
Publicado 12 de Agosto, 2016

Minha fome aumentou?
Não foi a sua fome que aumentou, o mundo dos alimentos é que cresce cada vez mais e está difícil de ignorá-los.

Reconheça os sinais e você estará um passo mais perto de ser    bem-sucedido no seu processo de perda de peso.

Perder peso hoje em dia deveria ser mais fácil, não é? Podemos calcular as calorias em nossos smartphones, encontrar um número interminável de receitas saudáveis na internet e pedir alimentos isentos de gordura e lanches com baixo teor de carboidratos com apenas um clique. Mas, em vez de comermos menos e emagrecermos, estamos, na verdade, comendo mais. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o consumo calórico diário médio do brasileiro é de 2.044 calorias. André Martins, técnico do IBGE, lembrou que outros desdobramentos da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) mostraram queda da desnutrição, mas apontaram tendência crescente da obesidade, principalmente entre adolescentes.

Mas não jogue a culpa desse aumento de ingestão de calorias na fome devastadora do século XXI, aconselhou Brian Wansink, PhD, diretor da Cornell Food and Brand Lab. Influências externas, como o tamanho da embalagem de espaguete, a enxurrada constante de imagens de comida e, até mesmo, as políticas do governo estão fazendo com que todos nós esqueçamos quando estamos satisfeitos e qual é a porção normal. Quais são essas tentadoras influências e qual é a melhor forma de driblá-las?

 
Os alimentos de baixo valor nutritivo estão cada vez mais baratos

Ao mesmo tempo que a comida tornou-se uma das despesas domésticas mais acessíveis nas últimas décadas, não foi o preço das proteínas magras e dos vegetais orgânicos que foi reduzido; mas sim o dos alimentos processados, ricos em açúcar e gordura. "

O brasileiro come muito e come mal. Come muito do que não deve e pouco do que deveria", definiu Rosely Sichieri, pesquisadora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ela chama atenção para a maior concentração do consumo de alimentos como biscoitos recheados, salgados fritos e sanduíches entre os adolescentes, que são também os que menos procuram itens mais saudáveis. Há maior acesso a produtos menos nutritivos, já que eles estão cada vez mais baratos e disponíveis para a população. Além de serem populares por sua palatabilidade, alimentos ricos em gordura e açúcar fornecem uma maior oferta de calorias a baixo custo.

Além disso, a comida está em todo lugar

Você se lembra de quando as livrarias vendiam apenas livros? Agora você não consegue mais comprar um romance sem ser tentado por um mocca e uma fatia de cheesecake de chocolate. Você costumava ir ao supermercado para comprar comida, agora você pode encontrá-la em postos de gasolina, lojas de departamento e até mesmo em farmácias. Para a infelicidade de nossas cinturas, os alimentos que encontramos enquanto compramos uma caixa de remédio não são cereais integrais e vegetais, mas, provavelmente, um saco de balas ou salgadinhos.

As embalagens estão bem maiores
Se você acha que hoje em dia há muito mais produtos tamanho família do que havia antigamente, você está certo. Um estudo da Universidade de Nova York descobriu que a maior parte do alimento embalado comercializado hoje está de duas a cinco vezes maior do que era nos anos 1970, e algumas porções ultrapassaram as diretrizes do Departamento de Agricultura dos EUA em 700%! Até mesmo quando preparamos nossa própria comida em casa, são maiores os tamanhos das porções. Wansink destaca que o aumento de armazéns grossistas revela a compra de embalagens maiores de alimentos pelos consumidores; em um estudo recente, ele observou que, quando cozinhamos uma embalagem de espaguete com o dobro do tamanho ou usamos um pote de molho, a quantidade de comida que ingerimos na refeição aumenta em 25%. 

Nossos pratos e tigelas também estão maiores

De acordo com um estudo recente do Journal of Consumer Research, os pratos estão cada vez maiores no último século, evoluindo para o prato de 31 cm que estamos acostumados a comer. E, quando os pratos são maiores, as porções são maiores para poder enchê-los: vários estudos demonstraram que, quanto maior for o prato ou a tigela, mais comida tendemos a colocar.

Queremos a comida que está na TV

Os programas de culinária na TV estão mais populares do que nunca. Mas, quanto mais assistimos a esses programas, com mais fome ficamos. Em um estudo recente, Wansink descobriu que quem faz dieta ingere 43% mais lanches enquanto assiste a um episódio de TV sobre comida do que quando assiste a qualquer outro. Por isso, se for sintonizar em um programa desses, guarde as batatinhas.

...Mas, na verdade, não temos tempo de cozinhar

Podemos adorar assistir ao preparo de um prato em um programa de culinária, mas não significa que teremos tempo para fazê-lo. Visto que o número de mulheres no mercado de trabalho aumentou, o período de tempo que elas têm para fatiar, cortar e refogar diminuiu. Em 1965, a dona de casa comum passava mais de duas horas de seu dia cozinhando e limpando a sujeira das refeições. Hoje, para todos, a média é de aproximadamente 33 minutos (incluindo todas as três refeições!). O que isso significa? Mais alimentos gordurosos preparados para viagem e refeições rápidas. 

Somos culpados por enviar mensagens enquanto comemos

Há alguns anos, tínhamos que nos preocupar somente com a TV ou algum vendedor insistente que nos interrompia durante a refeição, mas hoje há o iPad, o celular, o Kindle e temporadas inteiras de seriados. “Sempre que uma tela está tirando o foco de sua refeição, você não prestará atenção na quantidade que está colocando em seu prato, e não perceberá os sinais quando estiver satisfeito”, relata Byrd-Bedbrenner.

Um dilúvio de alimentos dietéticos

Definitivamente, é um favor para nós que estamos controlando nosso peso essa grande quantidade de queijos de baixa caloria, biscoitos com baixo teor de carboidratos e barrinhas saudáveis de baixas calorias. No entanto, demais de algo saudável continua sendo demais, explica Wansink. Em um estudo recente, pessoas obesas comiam 28% mais doces quando estes vinham com o rótulo informando “baixo teor de gordura”, em vez de normal, o que se traduz em uma maior ingestão geral de calorias. “Além disso, com frequência, nós nos recompensamos por termos sido bons meninos ou meninas comendo aquela barrinha de baixo teor de gordura mais cedo”, acrescenta Wansink.

Há muitas opções tentadoras

Há 30 anos, havia somente um tipo de barra de chocolate, e sua escolha de café normalmente era entre forte ou fraco. Hoje, os chocolates vêm nas opções amargo, ao leite, branco, com amêndoas etc., e há marcas de café suficientes para fazê-lo ficar atordoado. Claro que essa é uma boa notícia, especialmente, se você ama café semidescafeinado, leite de soja, chantilly; porém, essa variedade constante de novas formas de instigar nossas papilas gustativas significa que sempre queremos mais. Na verdade, um estudo descobriu que, quando eram oferecidos aos consumidores três sabores diferentes de frozen iogurte, eles comiam 23% mais do que se tivessem apenas uma escolha. 

Assim, quando você faz uma boa gestão de seu ambiente, reduz seus esforços para perder peso. Não sabe muito bem como começar? Consulte nosso livro Adapte os ambientes para obter dicas sobre como se manter no controle, independentemente do tamanho do prato, da quantidade de comida disponível e do número de opções.